
Conheça as 7
Maravilhas da Ilha Grande














História da Ilha Grande
Inicialmente habitada pelos índios tamoios, que já a chamavam de Ippaun Wasu ("Ilha Grande")1 , foi avistada pelo navegador português Gonçalo Coelho em 6 de janeiro de 1502, dia de Reis - daí o nome da ilha. Ao longo do século XVI, houve diversos combates na região. Nesses combates, os portugueses, aliados aos tupiniquins, enfrentaram os franceses, aliados aos tamoios. Em 1559, a coroa portuguesa resolveu nomear Dom Vicente da Fonseca para administrá-la, o que só ocorreu, de fato, com o fim da guerra com os tamoios, em 1567.
Praia na Vila do Abraão
A ilha foi atacada em 15 de dezembro de 1591 pelo Corsário Inglês Thomas Cavendish, que saqueou os viveres e pertences da poplulação local e ateou fogo em suas residências, rumando em seguida para Ilha Bela para organizar seu ataque à Vila de Santos. Sobre essa história foi editado o livro "Piratas no Atlântico Sul" de Ernesto Reis.
A dificuldade em administrar a ilha e em impedir ataques de contrabandistas e corsários forçou a transferência de sua administração da capitania de São Paulo e Minas de Ouro para a capitania Real do Rio de Janeiro em 1726, a pedido do governador Luís Vaía Monteiro. Nesse período, a ilha começou a desenvolver as culturas de cana-de-açúcar e café, que se estenderiam até a última década do século XIX, intensificando sua colonização, quer com a fundação de fazendas, como também de pequenas vilas, onde os negros trazidos para trabalhar nas lavouras fizeram do lugar uma das principais rotas do tráfico de escravos até a abolição da escravatura.
No ano de 1803, a ilha passou à condição de freguesia, com o nome de Santana da Ilha Grande de Fora, ganhando autonomia jurídica em relação a Angra dos Reis. Em 1863, o imperador Dom Pedro II fez sua primeira visita à ilha Grande, onde comprou a Fazenda do Holandês, local onde seria instalado o Lazareto, instituição que servia de centro de triagem e de quarentena para os passageiros enfermos que chegavam ao Brasil e, posteriormente, um sanatório para doentes de hanseníase. De 1886 a 1903, atendeu a mais de 4 000 embarcações. Serviu de presídio político durante os primeiros anos da república, quando foi criada a colônia agrícola correcional de Dois Rios.
Praia de Abraãozinho
Nos anos 1930, logo após o início do governo de Getúlio Vargas, deu-se a Revolução Constitucionalista de 1932, quando, então, todos os confinados do Lazareto foram transferidos para a colônia de Dois Rios, que passou a ser, em 1940, um presídio com capacidade para aproximadamente mil detentos, sendo, posteriormente, denominado instituto penal Cândido Mendes. Esse presídio se tornaria célebre quando da publicação de Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, que para lá foi encaminhado, como preso, durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945). Durante o regime militar de 1964, também foram transferidos presos políticos para o instituto, até o final da década de 1970, quando estes foram libertados e o presídio voltou a ter apenas presos comuns.
A ilha passou, então, por dificuldades econômicas, já que as poucas lavouras ainda existentes se tornaram de subsistência. Além disso, houve um grande declínio nas atividades da indústria pesqueira nos anos 1980.
Em 1994, o presídio, que era fonte de insegurança para a população local devido às fugas de presos, foi demolido pelo governo fluminense. Após sua implosão, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro obteve o direito de cessão da área e das benfeitorias que pertenciam ao presídio, inaugurando, no ano de 1998, o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável.
Um fato marcante a respeito do presídio Cândido Mendes, situado em Dois Rios, foi a famosa fuga do traficante "Escadinha", realizada no ano de 1986 com o auxílio de um helicóptero. "Escadinha"cumpria pena de 30 anos por tráfico de drogas, mas em 31 de dezembro de 1985, conseguiu escapar do presídio e se isolar na Praia de Coroa Grande. De lá, "Escadinha" foi resgatado de helicóptero por Carlos Gregório (conhecido como "Gordo") que na época era ladrão de carros no Rio de Janeiro 2 . A fuga foi largamente noticiada em vários veículos de informação, tornando-se um fato famoso a respeito da Colônia Penal Cândido Mendes de Ilha Grande.
Desde então, a economia da ilha tomou novo impulso e tem se baseado no turismo, sendo um dos locais mais procurados do estado do Rio de Janeiro para a prática de surfe, mergulho, mountain-bike, montanhismo, camping e trilhas.
No início de 2010, a ilha sofreu com vários deslizamentos consecutivos3 4 em razão do grande volume de chuvas.3 .
Em 2011 os moradores da ilha uniram-se e não pouparam esforços para fortalecerem a realizações eventos tradicionais neste paraíso, como o Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande, o festival de Cultura Japonesa na praia de Bananal.
Bibliografia:
Está página e outras tem como referencia:
Apontamentos para a história do Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Ilha Grande.
Carl Egbert Hansen Vieira de Mello
Projeto Ilha Grande
Secretaria Municipal de desenvolvimento econômico, social e planejamento.
Governo Neirobis Kazuó Nagae.